FECHAR AS PORTAS

Desporto
15 Ago 2009, 00:15h

“Sem bomba de Gasolina Vilafranquense fecha portas”

Se durante o próximo mês a União Desportiva Vilafranquense (UDV) não tiver a garantia de que a construção da bomba de gasolina seja uma realidade, o clube vai mesmo fechar as portas. Quem o diz, é o presidente da colectividade em entrevista a O MIRANTE.
Joaquim Pedrosa revela que a partir de Outubro o clube assumiu o compromisso de começar a fazer os pagamentos faseados, dos mais de 2 milhões de euros de dívida, que a colectividade tem para com o fisco e a segurança social. Se nessa altura não houver a garantia das receitas extraordinárias – provenientes da instalação da bomba de gasolina – “não há viabilidade financeira e o clube acaba mesmo”, garante o presidente.
O processo a instalação da bomba já se arrasta há mais de três anos e tem sido gerido pela Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, que segundo o dirigente, assumiu o compromisso da resolução do problema.
Numa entrevista a desenvolver na edição impressa da próxima semana, Joaquim Pedrosa, fala das razões que o levaram a mudar de ideias e a recandidatar-se em Outubro. (há dois meses tinha a intenção de abandonar o clube). Explica como é que a colectividade tem conseguido sobreviver aos graves problemas financeiros. Confessa-se triste pelo facto de as pessoas e o comércio local não apoiarem como deviam a o clube e mostra-se esperançado quanto ao futuro da UDV, que neste momento movimenta mais de 400 atletas em diversas modalidades.


Encontrei numa edição online do jornal "O Mirante" esta pequena peça, que como o titulo indica, o Vilafranquense encontra-se em maus lençóis, como de resto todos os pequenos clubes, pois os subsídios são cada vez menos e as inscrições para os miúdos praticarem desporto, cada vez mais caras. Por exemplo um júnior ronda os 60 euros, sendo que o plantel é formado por 23/24 jogadores, isto dá a módica quantia de 1.440 euros, sem falar nos outros escalões, sendo mais barato, mesmo assim não deixa de ser um enorme encargo para os clubes, pois ainda acarretam com as despesas de policiamento, equipas técnicas, equipamentos, água, luz, gasóleo, despesas referentes às viaturas, gás e pessoal para rouparia, etc.

Tendo o Alhandra, despesas por época que rondam os 50.000 euros, com um subsídio por parte da câmara municipal de 9.250 euros, a pergunta que me ocorre fazer é, como é que clubes pequenos, são capazes de enfrentar esta crise, tendo em conta, as cada vez mais exigentes normas da Associação de Futebol, coisa que eu pessoalmente acho muito bem, exigência de cursos de treinador (600 euros), massagistas com formação, daqui a 2 épocas obrigatoriedade de campos sintéticos, como acho muito bem todas estas normas, também acho que a Associação, devia ter outras formas de subsidiar os seus caprichos sem ser com os milhares de jovens praticantes de futebol e seus clubes. Selecção de Lisboa, Estágios, Torneios, Almoços, Jantares, Viagens, etc. De onde vem esse dinheiro? Acho que a Associação devia ser a 1ª entidade a pensar nisto, falar com as autarquias e nossos governantes, rever todo o futebol jovem, pois corre-se o serio risco de ficarem milhares de jovens sem praticarem desporto, os clubes não são só futebol.

Já que as escolas nada fazem pelo desporto (ai sim, devia haver desporto a serio) espero que haja alguém que de rumo aos milhares de pequenos clubes, por este país fora, que já não aguentam muito mais.

Mister
Carlos Justino